IA redefine personalização de conteúdos no marketing digital das marcas

Os avanços tecnológicos chegaram para todas as áreas, e com o marketing digital não seria diferente. Inclusive, ouso dizer que o setor é um dos mais impactados pela tecnologia e que não sobreviveria sem ela. Nesse contexto, a IA (inteligência artificial) é uma das ferramentas que ganhou destaque quando passamos a compreendê-la para além de apenas um sistema processual, e sim como um meio assertivo para personalizarmos experiências. 

Cada ser humano é singular e dentro do campo da comunicação o público tem demonstrado preferência por conteúdos que sejam relevantes para seu gosto, oportunizando uma entrega de valor dentro do que ele considera relevante. E isso não é uma novidade, os profissionais já fazem isso há muito tempo. Acontece que a IA nos permitiu criar isso em escala, tirando a parte manual, baseado em feedbacks, interações e linguagens, por exemplo, possibilitando o uso de diversas variáveis e características como um input para personalizarmos, de alguma forma, a experiência que o usuário vai receber ali na ponta, garantindo que isso funcione para milhares de pessoas.

E sim, isso tem entregado mais eficiência operacional. Algoritmos avançados são capazes de processar um grande número de dados com mais agilidade, analisando o comportamento e padrões de consumo dos usuários, algo que também auxilia quando há mudanças nessas preferências, provocando respostas mais rápidas das marcas. Entretanto, precisamos estar atentos aos riscos que isso pode provocar. 

Uma personalização estratégica, mas sem perder autenticidade

Costumo dizer para as pessoas que estão criando uma marca, que estão empreendendo, que a única coisa que não podemos perder é a autenticidade. Até podemos personalizar nossa entrega, mas o coração do negócio deve ser único, para não falarmos apenas o que os consumidores querem ouvir sem transmitir o que de fato somos, principalmente quando passamos a não monitorar a performance das recomendações e começamos a sugerir qualquer coisa, principalmente quando usamos IA mais generativas. 

O feedback importa e precisa estar no nosso radar. O estudo Zendesk CX Trends 2023 revelou que 65% dos clientes esperam que as companhias utilizem o seu retorno sobre a utilização de um produto ou serviço para melhorar a experiência. Por isso a devolutiva deve retornar para você em algum momento da jornada e ser monitorada de maneira qualitativa, e não apenas quantitativa. Conhecer cada vez mais o seu usuário é a garantia de que você poderá inovar, cada vez mais, na personalização.

E essa inovação não é tão simples quanto parece. Veja, trabalhar o marketing está atrelado à criatividade, algo que a IA ainda não entrega tão bem quanto um ser humano. Dito isso, não adianta achar que basta entregar todo o processo nas “mãos” da tecnologia e passar para o consumidor sem antes lapidar. Na minha opinião, o uso tecnológico acaba criando, basicamente, dois grupos: um que sabe usar isso ao seu favor, sendo cada vez mais produtivo, e outro que acaba sendo, absurdamente, dependente e nem pensa mais por si só. 

No marketing de influência vemos muito disso. É possível utilizar a inteligência artificial para criar um roteiro ou uma legenda de post, porém quanto da sua veracidade será perdida? Ela deve ser utilizada apenas para gerar insights valiosos que te dê um norte, com palavras-chaves otimizadas para SEO, por exemplo, que ofereçam proximidade com o seu conteúdo. A implementação da autenticidade deve partir de você, do seu processo criativo. Ao saber utilizar essas ferramentas de forma inteligente, fica mais fácil se destacar com maior constância e ter mais visibilidade. 

Se a personalização acontecer de forma ética e assertiva, a autenticidade da marca pode ser reforçada, fortalecendo a conexão emocional com o público. E aí vale refletirmos sobre o papel da IA nesse processo. Por aqui, penso que sua função é ser o motor para otimizar o trabalho manual, liberando e impulsionando as pessoas para exercerem seu curso imaginativo. Logo, os resultados serão bem conceituados. 

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